sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


É entre a curiosidade da minha tristeza e a vontade de ligar para alguém esquecido. Um misto de arrogância primitiva com medo de começar a chorar e não parar nunca mais. Foi quase isso que senti nesses ultimos 12 meses . E então eu sinto e é assim mesmo porque lembro de repente que posso sentir assim. É como se uma onda rasteirinha e quente e quase não onda me passasse uma rasteira só porque eu prefiro cair do que ficar em pé olhando a deformidade de cada um que me esmaga porque não pode nada contra mim. E quando vejo, sempre estou boiando num ponto que eu não sei mais o que é pra frente e pra trás. É quando eu achomelhor ir pra casa escovar os dentes e ver o tamanho da olheira, do rasgo, do susto e da morte. Mas só porque realmente não tem mais nenhum cabimento ou graça e nunca em nome dessa jaulinha cheia de ar falso e espumas quadradas. O dia pra não ser tinha acabado e agora eu podia voltar de novo pro lugar que não existe mais. E esse é o meu grande sofrimento. Porque eu acho que preciso ser forte. Muito forte. Pra um dia. Um dia. As portas do paraíso. Gente de primeira. Cura. Mas ainda não achei.