sábado, 14 de junho de 2008

"Em tudo que sou, sou intensa.
Quando amo, quando calo, se grito, se falo...sou intensa.
Talvez devassa, imoral querendo ser imortal.
Vadia, macia, lânguida e desejosa.
Sua água, seu chicote, seu tempero forte.
Sou intensa, sou chama rubra em teus olhos escuros.
Avalanche que sobre teu corpo te marca de vontades.
Sou mais cedo ou seu mais tarde.
Rua nua sem lua, noite que não vai encontrar o sol.
Em tudo que sou, sou intensa,
Talvez até um pouco insana mas doce como melado,
e ávida como a cana.
Em tudo que sou...sou.
Tensa, intensa, verbal, animal,
sem arreio, sem freio, sem frio.
Sou o curso do teu rio, a curva do teu mistério.
Sou o hilário, teu lado sério.
Sou intensa e dentro de você me sinto densa."

Uma amiga me mandou essa poesia essa semana. Ela sempre diz que sou intensa.
Intensa? O dicionário diz: intenso- que se manifesta em alto grau. Forte, energético, veemente, ativo, animado.
Sou, sou intensa. Sou mesmo.
Não sei viver nada sem mergulhar fundo, sem me envolver, não sei brincar de ser.
Nunca soube. Só vou se meu corpo está pedindo, só sei estar se for bom demais para todo mundo. Sou intensa sim, não sei morar na superficialidade, não sei virar as costas e fingir que nada acontece.
Não sei mentir, ser pela metade com nada, com ninguém.
Não vou se não for o que eu quero.
Só digo o que meu coração acredita intensamente.
Não vivo segundos de tanto faz. Nem quero.
Vou fundo, mergulho, me jogo, mesmo saindo ferida.
Sou intensa sem medo, sou intensa até mesmo sem querer, sou intensa porque sou intensa e não sei ser outra coisa.


1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Não só você: tua poesia também é intensa!


Abraços, flores, estrelas..

14 de junho de 2008 às 15:39  

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